terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Chateau de Laverdasse Medoc 2006

Caros amigos leitores,

Semana passada foi tão proveitosa que o que não faltou foi vinho para degustar, analisar e postar aqui no blog. Na terça feira eu até pensei que tinha escolhido o vinho para postar nesta semana, foi uma pena, mas não deu certo.
As 18h00 já com as papilas gustativas bem aguçadas e com a aquela vontade absurda de abrir um vinho, fiz o seguinte, como não gosto de beber sozinho fui até meu amigo Hélio Massoni e o convidei para degustar uma garrafa que tínhamos ganhado de um representante super gente boa aqui de Vitória.
O vinho era o Casas del Bosque Carignan Reserva 2008. Pois bem, abri a garrafa decantei o vinho, mas o Hélio Massoni bebeu uma taça e abandonou a prova, logo em seguida chega à loja o meu amigo e colaborador deste blog Plínio Rocha, que degustou uma taça e como o vinho não o surpreendeu, ele também foi embora.
Fiquei sozinho com mais da metade da garrafa e como não gosto de beber sozinho, tampei o vinho e levei para minha adega de casa, mas não consegui degustar o vinho do jeito que eu queria.

Como todo bom enófilo tem Baco e Dionísio sempre torcendo a favor, na quarta feira fui convidado pelo meus dois grandes amigos e proprietários da importadora Petit Chateau, Rafael Nunes e Manu Brandão, a ir a Vila Velha no restaurante O Descobridor para degustar alguns rótulos novos. Chamei o Hélio e embarcamos nessa, chegando lá estava tudo no melhor estilo, com uma boa estrutura para a apresentação com telão, taças e tudo que uma boa degustação tinha que ter. O restaurante é muito bom, fica aqui minha dica para quem quiser ir lá para jantar.
Começamos com vinho branco produzido com a uva Muscadet, vinho ligeiro, fresco, e bem aromático. Na sequência passamos para um Rosé muito interessante que agradou e surpreendeu a todos que participavam. Ele era sutil, delicado e marcante, no nariz sentia-se notas de cereja, framboesa e compota de morango. Este com certeza, fará parte do nosso portfólio em breve.No entanto não são estes dois vinhos descritos anteriormente que eu gostaria de colocar em destaque esta semana.
O Vinho da noite foi o Grand Vin de Bordeaux, Chateau de Laverdasse Medoc 2006, que estava sublime! Como sou apaixonado por vinhos franceses, não poderia deixar de postar este vinho que foi a sensação da noite. Produzido na região do Medoc, com um assemblage de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Merlot, é um vinho de excepcional qualidade. Na coloração era bem límpido, no nariz apresentava notas de frutas vermelhas maduras, ameixa preta, baunilha e especiarias, no palato era elegantíssimo, com taninos redondos e macios, um final de boca longo e persistente, de uma complexidade rara.
Altamente recomendado.

Tim Tim, Saúde e até a próxima!

Cortiça, Screw Cap ou Sintéticas

 Caros amigos leitores,
Certamente, a rolha de cortiça daqui para frente só vai ser usada para vedação dos grandes vinhos de guarda que representam aproximadamente 7% da produção mundial. Os vinhos que são considerados vinhos de estrutura ou de guarda são produzidos nas regiões de Piemonte, Toscana, Bordeaux, Bourgogne, Rioja, Ribera Del Duero, Alentejo e Douro.  Estes são considerados vinhos para grandes momentos.
Rolha de Cortiça
Rolha de Cortiça
A cortiça vem de uma árvore chamada Sobreiro da família do carvalho e é muito cultivada na Europa. Essa árvore depois de ser retirada sua primeira camada de cortiça, demora de 9 a 10 anos para se recompor novamente para que haja uma nova retirada. A extração dessa cortiça não é prejudicial à árvore, mas com todo esse tempo para ela se recompor os produtores tiveram que achar outra saída para os vinhos que são considerados de giro rápido, ou seja, os vinhos jovens.
Sobreiro
Sobreiro
Foi assim que surgiram algumas opções de vedação dos vinhos, como as roscas e as rolhas sintéticas. A maior parte dos vinhos brancos da Austrália, Nova Zelândia e África do Sul, inclusive os produtores mais respeitados, é vedada com tampas metálicas de rosca. Também conhecidas como screw cap, essas tampas já foram testadas e aprovadas no uso de vinhos brancos e alguns tintos jovens.
screw cap
Screw Cap
Outra coisa muito interessante de se esclarecer é que nestas tampas de rosca, não há perigo de o vinho ser contaminado pelo fungo que se prolifera na rolha e transmite aromas desagradáveis ao vinho, o deixando “bouchonée”. No armazenamento também tem um diferencial, não é preciso deixar a garrafa deitada para  que o liquido fique contato com a tampa, já que esta não tem o problema de ressecar.
Temos também a rolha sintética, que alguns países da América do sul como Argentina e Chile estão usando bastante. Também possui algumas vantagens para o cliente e para e para o produtor, já que ela tem um custo bem baixo. Para os clientes as vantagens são outras, como por exemplo, não trocam o gosto do vinho e não tem possibilidade de contaminação, não se quebram ao serem tiradas das garrafas e não geram resíduos que caem sobre o vinho.
Rolhas Sintéticas
Rolhas Sintéticas
Resolvi escrever sobre o assunto considerando os anos que trabalho em loja de vinhos. Sempre ouvi atentamente meus clientes e aprendi muito com eles. Espero que tenha esclarecido algumas duvidas em relação às rolhas, e tenha amenizado o preconceito contra as sintéticas e screw caps.

Champagne, Prosecco e Cava

Caros amigos leitores,
Primeiramente gostaria de pedir desculpas por estar ausente nestes últimos dias, mas com o Natal chegando o trabalho tem me exigido muito tempo.
Esta semana gostaria de deixar algumas dicas de espumantes para o final de ano, nessas datas comemorativas ficam algumas dúvidas entre Cavas, Proseccos e Champagnes. Eu particularmente prefiro sempre champagne, mas não é todos dias que podemos degustar uma dessas maravilhas. Então resolvi deixar  outras opções como os Proseccos e as Cavas que também são belíssimos.
Champagne
Mas gostaria de começar com a gloriosa e inigualável Champagne. Essa sim tem todos os elementos de um espumante perfeito. Muita gente chama todos os espumantes de Champagne, mas a verdade é que em só um único lugar do mundo se produz essa jóia rara. Esta região vinícola fica localizada mais ao norte da França. Com o frio e o amadurecimento lento das uvas elas ganham acidez no processo lento e vital do envelhecimento do Champagne. Mas toda essa complexidade apaixonante não se deve só ao clima. O solo e a dedicação humana também colaboraram para a produção deste vinho ímpar.
Uva Prosecco
Outra opção para deixar nosso Natal e comemorações de final de ano ainda mais gostosas e divertidas vem da Itália mais precisamente da região de Valdobbiadene. É de lá que sai a uva prosecco, que produz um espumante fermentado em cuba de aço inox que é muito leve, efervescente, fresco, de fragrância sutil. Ele tem algumas versões um pouco curiosas: a brut é a mais seca e estranhamente a “dry” é a mais doce e a “extra dry” é o meio termo. Prosecco é um aperitivo ideal para o verão. Aqui em Vitória é indispensável, mas não esperem um vinho com a complexidade de um espumante a base de Chardonnay.
Penedès
Da Espanha a opção é a deliciosa Cava, essa é produzida na região de Penedès com as emblemáticas castas Parellada, Macabeo e Xarel-lo. Aqui no Brasil é muito fácil encontrar algumas Cavas de boa qualidade e com um preço bem acessível. Eu recomendo para as recepções, festas e bate papo descontraído com amigos. Vinho alegre e saltitante com suas borbulhas finas e delicadas. Essa é umas das opções que vocês têm para fechar 2010 em grande estilo. Pode ter a plena certeza que é extremamente agradável, vivo e refrescante. Agora é só escolher uma loja especializa com profissionais competentes para te auxiliar na escolha e comemorar